terça-feira, 30 de abril de 2013

Acessibilidade no transporte coletivo de Campinas


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Entendendo as diferenças. Como esse assunto surgiu?
 Relato agora um pouco de como um assunto novo pode surgir durante as brincadeiras, onde as crianças podem expressar vários comentários livremente. O importante é o professor estar atento e sensível a curiosidade, interesse e necessidade do grupo.
No projeto EU,VOCÊ,NÓS, conversando sobre o nosso crescimento surgiu o interesse pelo crescimento de nossos pés, iniciando várias atividades sobre o assunto.Tenho um boneco na caixa de brinquedos, o Saci, e eles ficavam perguntando e comentando entre eles o porque dele ter uma perna só. Fui observando que a cada dia mais crianças voltavam o seu olhar para essa característica do Saci, o que sempre causava espanto e vários questionamentos. Resolvemos iniciar uma pesquisa e começamos a conversar para poder descobrir e entender que as pessoas são diferentes, porém com os mesmos direitos. 
Uma das estratégias foi enviar uma pesquisa com as famílias, iniciando assim mais uma participação ativa  delas com o  trabalho da sala.
 As perguntas abaixo nortearam a pesquisa
 1.      Em sua opinião por que o Saci só tem uma perna? 
 2.      Como vocês acham que era a vida dele com uma perna só? Quais as dificuldades que ele tinha? 3.      Vocês sabem de outras pessoas que tem alguma dificuldade por causa das características físicas? Quais?
4.      Essas pessoas sofrem algum tipo de discriminação? Quais? 

No meio a tantas respostas, me chamou a atenção quando relatavam que o transporte coletivo de Campinas vem apresentando um bom trabalho em relação a acessibilidade das pessoas com necessidades especiais . Foi então que conversei com o pai de um aluno para conseguir uma visita no Terminal Ouro Verde e assim podermos verificarmos na prática o que as famílias haviam relatado.
Ontem dia 29 de abril conseguimos realizar essa atividade, a qual nos trouxe muita informação e aumentou ainda mais nossos conhecimentos sobre os direitos de todos, que é o de ir e vir com dignidade e respeito.




segunda-feira, 29 de abril de 2013

FANTASIA DE E.V.A


 QUER DEIXAR AS CRIANÇAS FELIZES E MERGULHADAS NO MUNDO DA FANTASIA?
ESSAS FANTASIAS SÃO FÁCEIS DE FAZER, UTILIZANDO E.V.A, T.N.T e COLA QUENTE. USE A IMAGINAÇÃO E BOM TRABALHO!

QUANTO CHARME!

REIS, RAINHAS, PRINCESAS, BRUXOS, CUCA E O QUE MAIS A IMAGINAÇÃO  PERMITIR.


domingo, 28 de abril de 2013

ATIVIDADE COM BEXIGAS


Outra atividade que as crianças gostaram muito foi a da bexiga com água e um bonequinho de E.V.A simbolizando o bebê na barriga da mamãe, onde as crianças puderam visualizar de certa forma, como eles ficaram dentro da barriga. O resultado foi fantástico, pois os "bebês" flutuavam e as crianças puderam explorar ao máximo esse momento, mostrando uns para os outros e tecendo vários comentários. Cada criança levou a sua "barriga" para casa afim de  compartilhar a atividade e os saberes com as famílias e como disseram as crianças: "para poder esperar o "bebê" nascer.

JOÃO FEIJÃO

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Contei a história do João Feijão, ilustrando o desenvolvimento do feijão e fazendo um paralelo com o nosso desenvolvimento dentro da barriga da mãe. Eles chegaram até comparar as raízes que levam o alimento para o feijão com o cordão umbilical que leva o alimento da mãe para o bebê. Após a história fomos até a cozinha pegar feijões para plantá-los em copinhos e assim podermos acompanhar seu crescimento e nos comprometemos a cuidar dele, colocando água sempre que precisar, pois água é essencial para o seu crescimento, assim como vimos na história. 


Mas esses feijões não brotaram...

Algo deu errado na nossa plantação: os feijões não brotaram. E aí o que aconteceu? O que deu errado?  O que fizemos de errado? O que nós não fizemos?
Essas perguntas nós fizemos enquanto grupo e cada um foi falando o que achava:  colocamos pouco água, acho que foi muita água, o feijão não era bom, a Silmara deu pouco algodão para colocar no copinho, precisa mais de sol. Após toda essa reflexão decidimos plantar novamente, agora buscando corrigir os nossos erros. Os feijões eu trouxe de casa, antes era da escola; colocamos mais algodão; deixamos os copinhos dentro de um vaso para poder receber sol indiretamente e colocamos um pouco de água. E não é que deu certo! Os feijões se desenvolveram e assim que começaram a crescer cada criança levou o seu para casa para poder cuidar dele.  O G. D. e o K. disseram até que eram os bebês deles, que estava crescendo os braçinhos.  As crianças conseguiram fazer a analogia entre o nosso crescimento e o do feijão, alcançando assim o objetivo proposto

sábado, 27 de abril de 2013

DIA DOS PÉS

 Essa atividade  foi mais do que especial, com massagem, hidratação, pedicure e manicure. As crianças gostaram muito de participar das atividades, tendo a liberdade de decidirem se queriam participar ou não. Só o C. E. ficou falando: “homem só pode passar esmalte branco. Vermelho e azul é para mulher.” E o G. C. queria passar o esmalte azul, mas acabou sendo convencido pelas crianças de passar só a base. Procurei deixar que as crianças levantassem as hipóteses sobre esses questionamentos o que ficou claro que todos procuram seguir os padrões definidos pela sociedade, ou seja "coisas" de mulher e "coisas" de homem, e eu como mediadora dessa situação busquei o equilíbrio, passando a base nos meninos como forma de poderem compreender que os homens podem e devem se cuidar, assim como as mulheres. Todos gostaram muito de fazer e receber a massagem nos pés. Foi lindo ver aquelas mãozinhas massageando os pés dos amiguinhos. Uma atividade tão simples, mas que com certeza marcou a vida de cada um de nós, principalmente pela pureza e singeleza do toque.

RELATO PARA AS FAMÍLIAS DE 15 A 22 DE ABRIL

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A criança necessita ser vista e entendida pelo professor na sua totalidade, ou seja, a fisiologia, o psiquismo e a vida social, pois o ser humano é um ser indivisível. Por isso é que o cuidar e o educar se torna difícil de separar na prática pedagógica. E como fazer para conhecer, entender, interagir e ajudar essa criança de modo a respeitar sua totalidade e sua cultura? A observação da organização e das interações durante atos diários e a integração com as famílias, pode levar a compreensão dos costumes de cada criança, oferecendo ao professor subsídios para uma interação intencional, organizada, consciente e ativa. É por isso que procuro integrar sempre as famílias em meu trabalho e uma das formas é enviar toda sexta-feira um resumo do que fizemos na semana, uma forma da família conhecer o trabalho desenvolvido e eu conhecer um pouco de cada família, pois há um espaço para a família deixar sua opinião, suas dúvidas, elogiar ou criticar. Essa experiência está dando muito certo e percebo a cada dia a valorização do meu trabalho e da escola, resultando em uma parceria perfeita. Obrigada a todas as famílias que tanto apoiam e acreditam em meu trabalho. Estarei compartilhando com vocês esses resumos semanalmente. Inicio com o dessa semana:
RESUMO DA SEMANA DE 15 A 19 E DE 22 A 25 DE ABRIL
   Nesses dias iniciamos um novo Projeto: OS FELINOS, para atender a curiosidade das crianças sobre os Gatos. A todo o momento elas ficavam imitando os gatinhos, engatinhando, miando e simulando algumas ações dos gatos, principalmente com a mãe e o pai gato. Como já expliquei para vocês o trabalho com projetos vem atender as necessidades, curiosidades e interesse do tema demonstrado pelas crianças. Algumas atividades foram realizadas sobre o projeto: confecção de gatos, gatinhos e rato com as sucatas que vocês nos enviaram; pintura no rosto; DVD do Tom e Jerry e do Barney em uma visita ao zoológico; fizemos cartazes com o que já sabíamos sobre os gatos e o que ainda precisamos descobrir; brincadeira dos gatos correndo atrás do rato; desenho de gatos no caderno; muita conversa e brincadeira sobre os felinos. Já agendamos um passeio no Bosque dos Jequitibás para o dia 08 de maio, onde teremos a companhia de um biólogo que irá nos ensinar muitas coisas. O Projeto: EU, VOCÊ, NÓS, continuará sendo desenvolvido, até esgotar o interesse e envolvimento das crianças pelo assunto. Estamos trabalhando sobre composição da família de cada criança e para ilustrar usamos os gatos de sucatas, assim eles conseguiram visualizar que as famílias são diferentes, mas o que importa é o amor, a união e o respeito entre todos.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

RATINHO DE SUCATA

                      Como todo gato adora correr atrás de um rato, não podia deixar de confeccionar um ratinho com as sucatas que as crianças trouxeram. Com mais esse bichinho as brincadeiras ficaram mais ricas e iniciamos a pesquisar sobre a cadeia alimentar. As crianças estão se divertindo e aprendendo muito!


Materiais utilizados:
- 1 pote de sorvete
- 2 tampas de Nescau/Toddy para as orelhas
- 1 tampa de amaciante para o nariz
- retalhos de E.V.A


DVD COMO RECURSO PEDAGÓGICO


Licença Creative CommonsPROJETO: OS FELINOS
Hoje assistimos o DVD do Barney- Vamos ao Zoológico. Nesse filme o Barney nos leva ao zoológico em um passeio com muita diversão, música e curiosidade sobre os animais. Esse DVD tem como pontos principais:
·         Os animais do zoológico
·         A função do zoológico
·         O trabalho no zoológico
    Escolhi esse material para que as crianças possam ir familiarizando com o que vamos vivenciar na prática durante o passeio no Bosque dos Jequitibás em 08 de maio de 2013. Nesse passeio teremos a presença de um monitor do projeto ECO DO BOSQUE, nos esclarecendo algumas dúvidas, as quais iremos elencar dentro em breve e nos ensinar coisas novas, principalmente em relação à alimentação dos animais e seus hábitos rotineiros. Essa aula-passeio vem de encontro ao nosso projeto, pois iremos descobrir várias coisas sobre os felinos. As crianças não acreditam que os gatos são “parentes” das onças e dos outros felinos e espero que tudo fique esclarecido nesse passeio. Elas irão se surpreender!                                             
    Trabalhar com projetos, nos proporciona estar a todo tempo integrando e explorando as diferentes linguagens. Nessa atividade fizemos uso dos recursos de multimídia, que nos forneceu informações para discutir sobre o assunto; aprendemos músicas novas; as imagens ajudaram a fazerem um desenho bem legal, registrando o que mais gostaram; estimulou o grupo a dramatizar algumas cenas, como por exemplo, a imitação de alguns animais, emitindo sons e imitando gestos, e aproveitei para pintar o rosto deles caracterizando-os de gatinhos; nos auxiliará a elaborar um pequeno questionário para levar no bosque e entregar para o monitor.
                                                                    
24/04. 

segunda-feira, 22 de abril de 2013

PROJETO: OS FELINOS

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PROJETO: OS FELINOS
22 de abril de 2013
O trabalho de projeto envolve muito diálogo e muita comunicação antes, durante e depois do processo de execução entre todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem: crianças-professora-escola-família-comunidade.
Nessa 1ª fase, estamos decidindo o que fazer e por onde começar. Captei o interesse das crianças pelos GATOS através das observações do dia-a-dia e através de escuta sensível nas situações diversas, principalmente nas brincadeiras. Durante a discussão introdutória, as crianças perguntaram, questionaram, partilharam os saberes que já possuem sobre o assunto:
·         Eles bebem leite e comem ração;
·        O gato dá alergia nas pessoas;
·        Os gatos gostam de comer ratos;
·        Eles são muito fofinhos
·        Gostam de ficar perto da mamãe.

 Durante essas conversas, questionei os saberes já revelados pelas crianças a cerca do assunto da pesquisa. Problematizei e instiguei a busca de novas respostas e a elaboração de outras perguntas. Elencamos o que ainda não sabem e querem descobrir, bem como o que é dúvida entre o grupo:
·        Como será que a mãe gato cuida do gatinho?
·        Como se cuida de gato?
·        Os gatos comem comida igual da gente?
·        Tem roupa para gato, como tem para cachorro?
·        Os gatos ficam doentes?
·        Os gatos dormem?
·        Os gatos são parentes das onças?
·        Por que será que o gato dá alergia nas pessoas?

        O meu papel é a manutenção do interesse e a satisfação das crianças no trabalho realizado, oferecendo caminhos, incentivando a curiosidade e proporcionando novos desafios. A partir do interesse deles pelos Gatos, pensei no PROJETO OS FELINOS, assim estarei proporcionando novos conhecimentos e ampliando nossa visão de mundo.

O próximo passo agora é envolver as famílias que sempre colabora com o trabalho, nos incentiva e nos fornece várias informações, bem como feedback dos reflexos na vida das crianças do que estamos pesquisando e descobrindo juntos. 

sábado, 20 de abril de 2013

REGISTRO NA EDUCAÇÃO INFANTIL


OBSERVAR E REGISTRAR: MAIS QUE UMA PRÁTICA, UM APRENDIZADO PARA O PROFESSOR
   O educador é um profissional em permanente fazer e caminhar na direção do que constitui a essência do seu trabalho: ensinar, ou seja, garantir a formação do aluno. Por isso, sua ação tem de ser pensada, refletida e sistematicamente avaliada para atender as necessidades individuais e coletivas. Avaliar sistematicamente a prática pedagógica significa assumir uma postura reflexiva do exercício do olhar sobre a realidade, sobre a criança, sobre o próprio fazer com o objetivo de melhorar a ação educativa.
    A avaliação constitui-se num “conjunto de ações que auxiliam o professor a refletir sobre as condições de aprendizagem oferecidas e ajustar sua prática às necessidades colocadas pela criança. É elemento indissociável do processo educativo que possibilita ao professor definir critérios para planejar as atividades e criar situações que gerem avanços na aprendizagem das crianças. Tem como função acompanhar, orientar, regular e direcionar esse processo como um todo” (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, v.1, 1998, p.59).
     A observação é um instrumento indispensável para que o professor possa conhecer as crianças, identificar suas dificuldades e potencialidades, compreender o que fazem e verificar os significados que atribuem aos elementos trabalhados.
     Reflexão e avaliação da prática pedagógica envolvem também o registro das observações realizadas, o que venho realizando por meio de escrita, fotografias e portfólios da produção das crianças ao longo do ano. Esse registro constitui um acervo de informações e conhecimentos fundamentais para o meu trabalho, permitindo que eu:
·         Construa a história e trajetória do meu trabalho e do grupo, indicando novos encaminhamentos, ajustes ou redimensionamento da ação pedagógica;
·         Registre o desenvolvimento, as conquistas, as descobertas, as dificuldades individuais e coletivas, oferecendo uma visão importante e detalhada de cada criança;
·         Contribua para a minha formação, podendo tornar-me um professor reflexivo, que estuda e busca fundamentação teórica para respaldar minha prática;
·         Acompanhe o processo de aprendizagem de cada criança.
    Tanto a observação quanto o registro devem estar a serviço da identificação dos elementos que interferem nas relações de ensino/aprendizagem. O educador precisa estar atento àqueles indícios que têm significado para o contexto do seu trabalho. Não é tarefa fácil, por isso é importante que se tenha a clareza de que supõe um exercício diário de olhar para além do que se vê, de desvelar o significado escondido, muitas vezes, numa expressão de espanto, no silêncio, no gesto, no corpo. Também supõe um exercício contínuo de dedicação, feito por um professor pesquisador, reflexivo, comprometido com a educação.  
    Mas o que deve ser avaliado? Quando? Como avaliar? Que instrumentos e procedimentos utilizar? Para que e para quem avaliar? São perguntas que me desafiam me inquietam e me levam a uma reflexão, seguida de algumas ações, umas que dão certo outras nem tanto. Tomando como base As Diretrizes Nacionais para a Educação Infantil, no artigo décimo, fica claro que o sentido da avaliação no contexto da Educação Infantil é a investigação e não o julgamento, o qual deve, segundo o documento, ser socializada com as famílias. De acordo com o meu contexto de trabalho, venho buscando estar coerente com essas orientações, valorizando na criança o conhecimento que elas traz, sua cultura, suas habilidades, as interações que estabelece e suas diferentes formas de expressar-se, evitando assim a padronização.
    Algumas práticas são efetivas em meu fazer pedagógico: registro dos aspectos significativos de cada criança; caderno de desenho individual como um portfólio onde a criança realiza as atividades durante o ano, percorrendo sua própria história e assim criança-professora-família vão acompanhando suas descobertas, desafios, conquistas e superações; fotos do cotidiano; pesquisa e entrevista com as famílias; exposições; registro das escutas das crianças e  de ocorrências. Porém ainda encontro dificuldades e obstáculos em realizar o registro escrito. Sinto que ao mesmo tempo em que é o ponto de partida é também um desafio, o que necessito freqüentemente me policiar, me desafiar, me superar e me dispor a concretizar tal prática que só tem a me ajudar, fornecendo subsídios para uma aprendizagem integral das crianças e para minha valorização enquanto profissional da Educação Infantil.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

PROJETO: OS FELINOS

       Ultimamente as crianças vem criando brincadeiras e situações relacionadas a gatos. Demos início a um novo projeto, intitulado: Os Felinos, assim poderemos pesquisar sobre o interesse deles e ampliá-lo, afinal essa é a intenção ao se trabalhar com a metodologia de projetos. Para iniciar esse projeto fizemos esses gatinhos, que tirei da internet o modelo, com sucatas enviadas pelas famílias. Ficaram lindos e as crianças amaram! Esses são os fofos dos meus alunos!


 Aguardem mais atividades desse projeto.

NETBOOK DE SUCATA

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       Hoje fizemos essa atividade para trabalhar o NOME das crianças: um "netbook" com tampas de sorvete e E.V.A., uma forma lúdica para trabalhar a escrita dos nomes. As crianças gostaram muito e até mesmo aquelas que ainda não tinham demonstrado interesse pela escrita, quiseram "digitar" e brincar com as letras e com os números. Mais uma atividade    que contou com a participação das famílias, pois nos enviaram as tampas. 19 de abril

PEDAGOGIA DE PROJETOS

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Logo nos primeiros dias notei um interesse do grupo sobre a vida uterina e o nascimento deles, o que já culminou no planejamento e desenvolvimento do Projeto: EU, VOCÊ, NÓS. É essa possibilidade de explorar o real interesse das crianças que me fascina e me faz acreditar e trabalhar com a Pedagogia de Projetos, onde a relevância dos assuntos é determinada pelo grupo, valorizando a participação da criança no processo de ensino e aprendizagem, tornando cada um responsável pela elaboração e desenvolvimento de cada projeto de trabalho, bem como o estímulo constante do desejo da criança de aprender cada vez mais. O trabalho com projetos favorece o envolvimento conjunto de crianças e adultos, ou seja, um compartilhar de conhecimentos e descobertas.  A criança traz para o ambiente escolar sua história de vida e suas experiências, que ao poder decidir, opinar, debater e construir sua autonomia, estará sendo valorizada no seu processo de desenvolvimento, identificando-se como sujeito que usufrui e produz cultura, exercendo plenamente a sua cidadania. Diante disso, assumo como meu papel resgatar as experiências das crianças, auxiliando-as na identificação e reflexão dos problemas e na concretização dessas reflexões em ações, principalmente as que gerem uma intervenção social passíveis de serem viabilizadas. Será através das observações, dos registros e das reflexões dos mesmos, que os temas serão identificados, se utilizando de cada momento do dia para captar o interesse da turma o que acontece com mais facilidade à medida que se vai conhecendo o grupo.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

PÉS DE TEXTURAS

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 Esses pés foram confeccionados para que as crianças pudessem explorar as diferentes texturas: algodão, arroz, feijão, pipoca, lixa, espuma, feltro e papel ondulado. As crianças tanto usam os pés como as mãos para perceberem as texturas dos pés e sempre que vão falando se é liso, se faz cócegas, se é macio ou áspero eu vou aproveitando esses momentos para explorar e aumentar ainda mais esses conceitos e a aquisição de novos vocabulários. Esse material fica sempre a disposição das crianças e eles estão sempre inventando e reinventando novos modos de explorá-los, como por exemplo, no dia em que os pés se transformaram em brinquedos, lembrancinhas e enfeites de uma festa de aniversário. É essa flexibilidade do uso de objetos que novos conhecimentos, novas relações e conceitos vão se aprimorando e se estabelecendo                                                                                                                                                02 de abril de 2013                        


terça-feira, 16 de abril de 2013

AVALIAÇÃO E REGISTRO

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OBSERVAR E REGISTRAR: MAIS QUE UMA PRÁTICA, UM APRENDIZADO PARA O PROFESSOR
   O educador é um profissional em permanente fazer e caminhar na direção do que constitui a essência do seu trabalho: ensinar, ou seja, garantir a formação do aluno. Por isso, sua ação tem de ser pensada, refletida e sistematicamente avaliada para atender as necessidades individuais e coletivas. Avaliar sistematicamente a prática pedagógica significa assumir uma postura reflexiva do exercício do olhar sobre a realidade, sobre a criança, sobre o próprio fazer com o objetivo de melhorar a ação educativa.
    A avaliação constitui-se num “conjunto de ações que auxiliam o professor a refletir sobre as condições de aprendizagem oferecidas e ajustar sua prática às necessidades colocadas pela criança. É elemento indissociável do processo educativo que possibilita ao professor definir critérios para planejar as atividades e criar situações que gerem avanços na aprendizagem das crianças. Tem como função acompanhar, orientar, regular e direcionar esse processo como um todo” (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, v.1, 1998, p.59).
     A observação é um instrumento indispensável para que o professor possa conhecer as crianças, identificar suas dificuldades e potencialidades, compreender o que fazem e verificar os significados que atribuem aos elementos trabalhados.
     Reflexão e avaliação da prática pedagógica envolvem também o registro das observações realizadas, o que venho realizando por meio de escrita, fotografias e portfólios da produção das crianças ao longo do ano. Esse registro constitui um acervo de informações e conhecimentos fundamentais para o meu trabalho, permitindo que eu:
·         Construa a história e trajetória do meu trabalho e do grupo, indicando novos encaminhamentos, ajustes ou redimensionamento da ação pedagógica;
·         Registre o desenvolvimento, as conquistas, as descobertas, as dificuldades individuais e coletivas, oferecendo uma visão importante e detalhada de cada criança;
·         Contribua para a minha formação, podendo tornar-me um professor reflexivo, que estuda e busca fundamentação teórica para respaldar minha prática;
·         Acompanhe o processo de aprendizagem de cada criança.
    Tanto a observação quanto o registro devem estar a serviço da identificação dos elementos que interferem nas relações de ensino/aprendizagem. O educador precisa estar atento àqueles indícios que têm significado para o contexto do seu trabalho. Não é tarefa fácil, por isso é importante que se tenha a clareza de que supõe um exercício diário de olhar para além do que se vê, de desvelar o significado escondido, muitas vezes, numa expressão de espanto, no silêncio, no gesto, no corpo. Também supõe um exercício contínuo de dedicação, feito por um professor pesquisador, reflexivo, comprometido com a educação.  
    Mas o que deve ser avaliado? Quando? Como avaliar? Que instrumentos e procedimentos utilizar? Para que e para quem avaliar? São perguntas que me desafiam me inquietam e me levam a uma reflexão, seguida de algumas ações, umas que dão certo outras nem tanto. Tomando como base As Diretrizes Nacionais para a Educação Infantil, no artigo décimo, fica claro que o sentido da avaliação no contexto da Educação Infantil é a investigação e não o julgamento, os qual deve, segundo o documento, ser socializada com as famílias. De acordo com o meu contexto de trabalho, venho buscando estar coerente com essas orientações, valorizando na criança o conhecimento que elas traz, sua cultura, suas habilidades, as interações que estabelece e suas diferentes formas de expressar-se, evitando assim a padronização.
    Algumas práticas são efetivas em meu fazer pedagógico: registro dos aspectos significativos de cada criança; caderno de desenho individual como um portfólio onde a criança realiza as atividades durante o ano, percorrendo sua própria história e assim criança-professora-família vão acompanhando suas descobertas, desafios, conquistas e superações; fotos do cotidiano; pesquisa e entrevista com as famílias; exposições; registro das escutas das crianças e  de ocorrências. Porém ainda encontro dificuldades e obstáculos em realizar o registro escrito. Sinto que ao mesmo tempo em que é o ponto de partida é também um desafio, o que necessito freqüentemente me policiar, me desafiar, me superar e me dispor a concretizar tal prática que só tem a me ajudar, fornecendo subsídios para uma aprendizagem integral das crianças e a minha valorização enquanto profissional da Educação Infantil.